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see ya...
segunda-feira, dezembro 25, 2006


David Michaellee


Tô mais para escutar Into the Mystic com o Van Morrison.Meio contraditório enfim. Descubro aos poucos que todas as vezes que viajo tento matar aos poucos ou lentamente aquilo que há de velho em mim. Resolvi por fim deixar para trás um pouco dessa melancolia Chet Baker, Cole Porter, Miles Davis, Lalo Shifrin, Ella Fitzgerald, Thelonious Monkey e tantos outros que fazem a trilha do meu âmago chinfrim. Viajar é deixar o quarto, os hábitos, a estante velha, os livros sujos, as miniaturas quebradas e papéis que perderam a importância.
Falando com o Rafa lá em Porto Alegre hoje, soltava gritinhos histéricos via msn ao pedir que ele me desse algumas dicas precisas de Buenos Aires. A certa altura da nossa conversa soltei algo meio no plano das divagações supérfluas como "não sei se levo mala ou mochilão". Ele com uma ironia meio Benjaminiana disse na lata que eu devia ir de mochila porque não tinha meia idade e nem era casada para viajar carregando mala.
Por fim, é mais ou menos isso que vou fazer. Peguei umas músicas que detesto, vou enfiar cruelmente meus vestidos de verão no mochilão e deixar isso aqui por um tempo.
Quando voltar espero ter as paredes do meu quarto pintadas de verde, espero que alguma boa alma tenha se encarregado de jogar um monte de coisas no lixo sem a minha permissão. Quero voltar com o peito leve e quero deixar algumas marianas espalhadas aqui e acolá, em jardins, cemitérios, livrarias, cafés, botecos e afins.
Vou logo ali matar um pouquinho de mim e já volto.
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Para um dois mil e sete diferente...
quinta-feira, dezembro 21, 2006

E la nave va
Federico Fellini ...





Mandingo Cliche

"It was confessional, yet dishonest. Jane pretends to be horrified by the sexuality that she in fact fetishises. She subsumes herself to the myth of black male sexual potency, but then doesnt follow through. She thinks she respects afro-Americans and thinks they're cool and exotic, what a notch he'd make in her belt! But, of course, it all comes down to Mandingo cliche. And he calls her on it.In classic, racist tradition she demonises then runs for cover. But then how could she behave otherwise? She's just a spoilt suburban white girl with a Benetton rainbow complex. It's just my opinion, I mean what do i know?"

by Belle and Sebastian
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sexta-feira, dezembro 15, 2006
Futebol dos Filósofos

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Kings Of Convenience - I'D Rather Dance With You

essa música é muito boa...
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Chet Baker in Tokyo ' 87 - My Funny Valentine

bom para assistir e ouvir... deixemos as obviedades de lado... shhhhh.... let´s listen
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Billie Holiday _ My Man

in the still of the night...
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valsa para quem cospe borboletas



The way of the world - Rafal Olbinski

Conversar com você é como inflar meu mundo murcho. Me contas as versões atualizadas daquela cidade tão longe das minhas retinas. Refaz minha memória e desdobra as ruas que eu não conheço mais. Ao caminhar no viaduto senti que os degraus se desfaziam aos meus pés. Segurava as marquises da Borges para não apagar os dias que fotografaram o tudo e nada enfim. Os dias que quebraram a minha nuca, as noites com cheiro de cachorro e o vento frio que feria nossos pulmões com aquele ar viciado da cidade úmida.
Hoje falamos muito. Falamos por trilhos de trem. Amigos sempre. Amigos tango e danças loucas em salas de apartamentos semi-mobiliados. Hoje constatamos as nossas saudades como algo amadurecido. Trocamos os grunhidos ansiosos de amigos que não se falam há tempos por esclarecimentos pausados. Esclarecimentos detalhados de uma vida que não existe mais e de um futuro que promete reencontro.
Eu meditava e me perguntava ao mesmo tempo se tudo não passou de ais que não restam mais.
É sempre bom saber dos crescimentos. É bom saber que as meninas medrosas são grandes atrizes de palcos nobres. É bom saber dos casamentos, das solidões nos casamentos e daqueles que por opção não se casaram. Aliás, casaram-se com algo muito maior do que o próprio matrimônio e que qualquer instituição pode ou poderá compreender.
Por todos vocês carrego uma aflição no peito. Eterna, indissolúvel.
Morre mais uma noite fria de pensamentos em Porto Alegre.
Acabo de colocar o telefone no gancho com uma sensação calhorda de amor fraternal.
(sem correções ortográficas... por hoje... pileque de alma, frustração renovada e muito delírio coletivo)...
Sem mais delongas.
Boa noite cidade!
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city falls...
quarta-feira, dezembro 13, 2006

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And the coloured girls go doo do doo do doo do do doo...



Ironia ou não, abro essa caixinha de texto para postar mais uma coisa qualquer e encontro algo já escrito na tela tipo: strong... Hey what´s wrong?
Bom, não é esse o motivo. O motivo é escutar Lou Reed e take a walk on the wild side.
Hoje foi o último dia do ano com meus pequenos notáveis. Combinamos algo como trocar chocolates pelo natal. Quando vi, já havia caído numa selvageria de açúcar com aquelas pessoas pequenininhas com menos de um metro e trinta. Eu acho. Um metro e trinta. Eu acho.
A Sophia e a Nathalie vão morar em Antuérpia na Bélgica. Hoje senti falta das duas. Nos abraçamos feito mãe e filhas. Com todo o consentimento da mãe delas. Figura maravilhosa, diga-se de passagem. O pai? Bom, espero que aquele snobish english man não engula a espontaneidade daquelas crianças hilárias e tampouco de sua generosa e brasileiríssima esposa.
Coloquei o fone nos ouvidos e desci a avenida com aquele aperto de quem não vai mais ver as pessoas. Desci lacrimejando uma precoce saudade de duas menininhas que tantas vezes me tiraram do sério. Minhas cinderelas e fadas malucas de segundas e quartas delirantes.
Foi tudo meio comovente hoje pela manhã. O Júlio outro pequeno é uma figura engraçada. Já sabe das minhas fraquezas. Quando sente que estou brava, chateada, qualquer coisa que suspenda a minha sobrancelha e faça duas rugas exatas na minha bochecha, vem com seu narizinho arrebitado e esfrega os sentidos. Aproxima o nariz da minha bochecha e como um cachorro pidão, confortavelmente esfrega o nariz na minha bochecha. Falas explodem. Ele testa meu afeto. Testa como um garotinho mesmo. Testa como se eu não gostasse dele e como se não existisse na minha vida. Mas existe. Existe porque luta com as minhas dores de cabeça. Grita meu nome no jardim e desenha coisas estranhas para me fazer rir. É um amigo e tanto. Engraçado... O pai dele hoje perguntava sobre o rendimento do menino. Eu mais uma vez não consegui maquiar a situação e disse que ele era radiantemente hiperativo. A hiperatividade tem algo com a genialidade. Eu sempre achei isso. Vamos diagnosticá-la de modo diferente meus doutores. Façamos do giz de cera na parede um potencial para pequenos Van Goghs e Picassos perdidos na pobre metrópole.
Era isso por hoje... Take a Walk on the wild side...
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e então...
domingo, dezembro 10, 2006


A melhor coisa do mundo é dormir com a coluna torta no sofazinho da copa- sala de tevê LTDA. e acordar com aquelas surpresas que só a tevê Cultura faz. Você acorda meio zonza, perdida, com os óculos na nuca e aos poucos vai recompondo a imagem. Ainda não sabe ao certo se sonha ou não, mas vê nitidamente João Donato e Paulinho Moura (com toda a intimidade) tocando juntos num estúdio abafado, a meia luz.
On a slow boat to China recobra os seus sentidos. Música linda de Frank Loesser que esses dois incríveis homens estavam tocando ontem. Ou hoje?
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It´s been ages and I still luv you sooooooooo much!!!!!!!!! (hmmm: it´s not a pathetic affair)



ao som de Jonathan David...
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mais ou menos assim...

Sempre acreditei que uma palavra sincera, digo, palavras sem freio, sem talento, vocação, educação, polidez coisa e tal tivessem uma força catártica na vida das pessoas.
Realmente não é muito louvável dizer para o seu chefe ou para uma amiga que não cura as dores de amor que vão logo (os dois) para a puta que pariu e que você não se sensibiliza minimamente com a falta de inventividade da vida deles. Mesmo porque, você também não é muito inventivo e resolve as suas questões de maneira banal como por exemplo em letras de música, num capítulo infeliz de um romance qualquer, ao rabiscar um guardanapo na mesa do boteco ou no suspiro final de um filme babaca como Elza e Fred, por exemplo.
André meu ex namorado certa feita, escreveu algo muito contundente sobre Elza e Fred. Na verdade, esse filme é uma agressão a Federico Fellini.Deturpa La Dolce Vita numa “gracinha” comercial para fazer com que as pessoas sintam algo bom. Esse filme oferece uma fantasia limitada e moldadinha bem como as campanhas publicitárias da Drogaria Araújo (We will get the world!!!!). Todos brancos, bem vestidos de classe média e felizes. As crianças parecem ter um pacto de personalidade com a Johnsons & Johnsons. São tão limpas quanto os avós e o casamento dos pais. (muito risos)...
Enfim, nada faz muito sentido. Tive uma enorme vontade de falar essas tantas coisas porque estou ainda naquele encantamento morno de quem gosta muito de Chico Buarque e tem a oportunidade de vê-lo pela primeira vez. Não imaginava que fosse me sensibilizar tanto assim com Mambembe. Escutar Mambembe me levou às lágrimas. Me fez reviver a minha infância com o pai barbudo e a mãe que sempre usava calças largas e saia correndo para trabalhar com uma fruta na mão. Tirei do baú a fantasia de “palhacinha” como dizia eu. Tirei a boneca chapéu-vermelho que na outra face era lobo e dentro abrigava a avó. Se o Italo Calvino visse isso teria que tripartir seu conde.
Sempre gostei de me lembrar dessa época, especialmente. Nossa casa tinha afeto brasileiro. Tinha música sábado de manhã. Tinha caipirinha, tinha pai e amigos do pai discutindo política e futebol e amenidades esporte clube. Tinha pai e amigos do pai que recostavam na varanda depois da feijoada. Era o mundo da Adélia Prado que parava às duas e meia da tarde e eu nem sabia disso...
As mães amigas usavam brincos chilenos de prata nas orelhas. Calçavam alpargatas do mercado e tinham sempre um lenço bem perfumado amarrado em algum lugar do corpo.
Eu me perdia por horas nos cabelos meio ruivos e longos da minha mãe. Queria dormir na brancura dos seus seios e ela nunca mais deixava depois de ter desmamado. Havia crianças também. Os filhos dos amigos. Éramos uma geração de nomes telúricos. Mariana, Pedro, João, Francisco, Ana, Teresa, Cecília e tantos outros que me escapam à memória agora.
Fomos muitos sábados e domingos. Fomos férias no sítio desajeitado beirando São Franciscos e Onças.
Enfim, lembrança boa que ficou esquecida na cadeira de um grande teatro.

Vou seguir a minha noite mais ou menos assim: by Chico, é claro!

No palco, na praça, no circo, num banco de jardim
Correndo no escuro, pichado no muro
Você vai saber de mim
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando

Mendigo, malandro, moleque, molambo, bem ou mal
Escravo fugido ou louco varrido
Vou fazer meu festival
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando

Poeta, palhaço, pirata, corisco, errante judeu
Dormindo na estrada, não é nada, não é nada
E esse mundo é todo meu
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando
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Somos um pouquinho assim...
sábado, dezembro 09, 2006









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rainy days...




Take this Waltz
Leonard Cohen

Now in vienna theres ten pretty women
Theres a shoulder where death comes to cry
Theres a lobby with nine hundred windows
Theres a tree where the doves go to die
Theres a piece that was torn from the morning
And it hangs in the gallery of frost
Ay, ay, ay, ay
Take this waltz, take this waltz
Take this waltz with the clamp on its jaws

Oh I want you, I want you, I want you
On a chair with a dead magazine
In the cave at the tip of the lily
In some hallways where loves never been
On a bed where the moon has been sweating
In a cry filled with footsteps and sand
Ay, ay, ay, ay
Take this waltz, take this waltz
Take its broken waist in your hand

This waltz, this waltz, this waltz, this waltz
With its very own breath of brandy and death
Dragging its tail in the sea

Theres a concert hall in vienna
Where your mouth had a thousand reviews
Theres a bar where the boys have stopped talking
Theyve been sentenced to death by the blues
Ah, but who is it climbs to your picture
With a garland of freshly cut tears?
Ay, ay, ay, ay
Take this waltz, take this waltz
Take this waltz its been dying for years

Theres an attic where children are playing
Where Ive got to lie down with you soon
In a dream of hungarian lanterns
In the mist of some sweet afternoon
And Ill see what youve chained to your sorrow
All your sheep and your lilies of snow
Ay, ay, ay, ay
Take this waltz, take this waltz
With its Ill never forget you, you know!

This waltz, this waltz, this waltz, this waltz ...

And Ill dance with you in vienna
Ill be wearing a rivers disguise
The hyacinth wild on my shoulder,
My mouth on the dew of your thighs
And Ill bury my soul in a scrapbook,
With the photographs there, and the moss
And Ill yield to the flood of your beauty
My cheap violin and my cross
And youll carry me down on your dancing
To the pools that you lift on your wrist
Oh my love, oh my love
Take this waltz, take this waltz
Its yours now. its all that there is.
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segunda-feira, dezembro 04, 2006


Me cosome aos pouquinhos
Diz-se dono do meu abandono
Sua fumaça e seu carinho
Afago em monóxido de carbono...

Eu começo a te odiar.
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do it again...
sábado, dezembro 02, 2006

Comprei um vestido cor de rosa com passarinhos vermelhos. Comprei escondida de mim mesma porque mexi no dinheiro da grande viagem. Até agora não tinha tocado na minha conta bancária. Ta tudo muito bem calculado e essa é a minha grande importância agora. No dia 26 eu saio daqui rumo a um lugar maravilhoso. Sem extravagâncias, mas sinto cheiro de mudança no ar. Farei desse tempo meu refúgio para um tempo que ficou pra trás. E talvez entre uma ruela e outra, entre uma fonte de uma bela praça, entre uma feira de antiguidades e naquela enorme livraria eu me lembre de você. Vou me lembrar do tempo das nossas bergamotas, dos vinis, da janela emperrada, das crianças emprestadas no final de semana e vou ficar cultivando aquela culpa de ainda não carregar no ventre meu, algo nosso. Isso tudo para não discordar da Lady MacBeth ou da Yerma do Lorca. Sim, elas têm predileção pelo ventre seco e eu ainda sou muito egoísta para deixar de comer damascos e tomar porres homéricos.
Enfim, aqui agora com ela, "I get along without you very well...". Não que seja verdade, mas eu só penso em fazer a mochila e parar de pensar no movimento dessa cidade e no que deveria fazer.
Há uns dias andou chovendo. O cheiro do limo nas árvores andou me perturbando
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Polkadots